29 de janeiro de 2015

Como eu lido com minha baixa autoestima.

Valfré 

Bom dia! Estava aqui fazendo piada com uma amiga minha pelo Google Talk e percebi que talvez eu devesse escrever um texto sobre meu jeito de lidar com um problema que me acompanha há anos, e que eu sei que aflige muitas pessoas tanto quanto eu: baixa autoestima
Eu luto contra esse demônio desde que me conheço por gente. Pode parecer um pouco fútil você dizer que tem problemas com isso, mas não é. A baixa autoestima, ou a falta completa dela, podem ser muito graves, e muitas vezes pode acabar levando as pessoas à depressão profunda. 
Tudo pode começar com você não estando satisfeita com a imagem que vê no espelho, e quando menos espera, se não tentar se livrar disso, começa a se odiar completamente, perde o amor próprio e não vê mais motivos para cuidar de si mesmo, da saúde, da mente. É uma reação em cadeia das mais perigosas. 
Eu fiz muita terapia, mas muita mesmo, e consegui deixar de me odiar. Mas o fantasma da insatisfação com a minha aparência nunca me abandona por completo. Tenho cicatrizes no rosto, meu cabelo em transição parece me odiar, já estive bem gordinha, e agora estando magra, fico noiada por não querer engodar novamente. Eu sei que não sou um ícone de beleza, mesmo porque não concordo com a beleza na qual as pessoas acreditam, mas sei também que não sou feia. Tenho meus atrativos, como todo mundo tem, e sei que além de tudo consigo ser interessante e engraçada. Mas o problema não é o que os outros pensam de ti, e sim o que você pensa de ti mesmo, e aí é que o bicho pega.
Como eu tenho a completa noção de que sempre haverão dias em que eu vou me achar um lixo, eu aprendi a lidar com isso, sem me abalar, sem ficar triste e buscando mudar quem eu sou. Se tem uma coisa na qual eu tenho habilidade é rir de mim mesma, e é isso que eu faço.
Tô sempre fazendo piada com a minha altura, com meu cabelo, com minha pele ruim. Sempre. Se hoje eu acordei com uma espinha enorme na cara, eu com certeza vou fazer uma piada sobre. Se meu cabelo ta ruim, eu simplesmente vou sair por aí dizendo que acabei de sair do hospício. Já que é pra ser zoado, vamos ser zoados mesmo, com orgulho e carinho.
É tipo quando você vive fazendo careta e quando faz uma cara bonita dá pra perceber o quanto você é bonito.
Eu sei que pode parecer ruim pras pessoas, mas perceba: pra mim funciona. Prefiro rir das coisas que podem me causar tristeza do que esperar que isso acabe me insultando ou me magoando. Pra mim a vida é assim, no fim é tudo uma grande piada. Só temos que aprender a lidar com ela, e rir nos momentos certos para não chorar nos momentos errados.
Não sei ao certo se consegui passar a ideia que eu estava querendo passar, mas acho que quem também passa por essas dificuldades vai entender. A ideia é simples: tente usar seus "defeitos" a seu favor, como disse o brilhante Tyrion Lannister:
"– Deixe-lhe dar um conselho, bastardo – disse Lannister. – Nunca se esqueça de quem é, porque é certo que o mundo não se esquecerá. Faça disso sua força. Assim, não poderá ser nunca a sua fraqueza. Arme-se com esta lembrança, e ela nunca poderá ser usada para magoá-lo."
Nunca, nunca se deixem abater por si mesmos, porque vocês são seus maiores aliados nessa batalha/piada chamada vida.
Um beijão. *  

2 comentários:

  1. Faço minhas as suas palavras irmã..... Crescemos aperfeiçoando essas tecnicas.... E so um lembrete aos desajeitados.... Kkk tropeçar é o maior dos charmes... Só nao pode cair. Kkk

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  2. Muito legal seu texto sobre isso, Luiza, e que bom que você encontrou um jeito legal de lidar com essas coisas. Eu entendo um pouco pq sofro com isso há bastante tempo, e ainda não lido muito bem na verdade. Mas enfim... Um dia espero conseguir. rs
    Respondi a tag que você me indicou há mil anos atrás. hahaha
    Beijooos


    http://luddzilla.com

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