8 de setembro de 2014

Não pira na beleza não, fia.

Acontece que estourou pelas interwebs aquela parada da #stopthebeautymadness, que como o próprio nome diz, propõe que a gente não fique tão noiada com beleza e espalhe essa mensagem por aí. Eu não preciso nem dizer que super concordo com isso, mesmo porque eu nunca fui um exemplo de beleza, e muitas vezes já fui zoada por aí por não me encaixar nos padrões, principalmente quando muito nova. 
O que me preocupa não é que as mulheres se preocupem com a aparência, que sejam vaidosas e etc. O que me preocupa, e me deixa puta da vida, é 1) quando impomos padrões pras outras pessoas, achando que apenas o que nos agrada é o certo e o bonito e 2) quando transferimos essa babaquice pras crianças.
Eu fico a ponto de matar um quando vejo criança se maquiando, colocando salto e fazendo escova no cabelo.

Parem de ensinar esse tipo de coisas pras suas filhas, não porque se arrumar, usar maquiagem e etc é errado, mas sim porque elas vão ter muito tempo pra se preocupar com isso mais tarde. Deixem as crianças serem crianças, andar por aí vestidas de forma confortável, prontas pra cair na brincadeira a qualquer momento, porque é pra isso que crianças foram feitas. Elas precisam ser felizes, porque a hora que chegarem nos 20, vão sentir falta dessa liberdade toda. 
E outra: o que você acha bonito pra você pode não ser bonito pra mim. 
Meu padrão de beleza, e só meu, veja bem, o jeito como eu me sinto bonita é: meu cabelo nunca pode estar do mesmo jeito por muito tempo, eu gosto do meu corpo em medidas medianas, do jeito que está agora que emagreci, porém com a cintura bem fininha. Eu não gosto de me bronzear e batons e roupas tem que ser escuras. Gosto de tatuagens e faria no corpo todo, menos no colo, mãos, pés, pescoço e rosto. 
Eu sinto muito orgulho de não ser alguém que se influencia pelos gostos alheios. Eu decidi emagrecer porque um dia me olhei no espelho e disse: vamos emagrecer, porque não tá legal assim. Eu poderia ter olhado no espelho e decidido que queria engordar mais, se quisesse, mas decidi outra coisa. Pouco tempo atrás decidi desistir da progressiva. Vou deixar meu cabelo voltar a ser cacheado a despeito da opinião de praticamente toda minha família, e sabendo que ele vai ficar feio por um bom tempo até ficar do jeito que eu quero. 
Eu uso batom escuro às 7 da manhã quando tenho ânimo pra isso. Se não tiver ânimo, ah minha filha, não tem santo que me faça me maquiar. 
Eu aceitei as minhas cicatrizes no rosto. Mudaria se pudesse, e inclusive quero tentar, mas não vou me deprimir por causa delas. Se for pra eu me achar bonita, vou me achar bonita do jeito que eu estou agora. E cara, não tem sensação melhor do que não se odiar. Acreditem em mim, eu já me odiei muito.
Sinto que estou escrevendo escrevendo escrevendo e não chegando a ponto nenhum, mas o que eu realmente quero que entre na cabeça de vocês, amigos, é que se aceitem do jeito que vocês são. 
Se você gosta de se preocupar com sua aparência, se preocupe. Se cuide, faça tudo que for possível pra que você se sinta o melhor possível consigo mesma. Não ligue se alguém te chamar de hipócrita porque gosta de usar maquiagem pra realçar sua beleza e esconder um ou outro "defeitinho". E sim, vão existir dias em que você vai querer mais é que tudo se foda e vai sair de casa com a cara limpa e de moletom.
Se você gosta de sair de casa de camisetão e bermuda, sem maquiagem e com o cabelo preso, faça isso também. Não ligue se te chamarem de relaxada, porque não importa. E sim, vai ter um dia que você vai acordar se sentindo uma princesa e vai querer se maquiar e colocar uma roupa fofinha.
Quando alguém diz pra mim que tatuagem é feio eu digo: "ainda bem que não está em você, né?". E isso serve pra qualquer opinião furada de pessoas que só sabem ver os defeitos dos outros, mas nunca olham pros seus próprios defeitos. 


A minha mensagem pra qualquer pessoa sempre vai ser: faça o que te faz feliz, o que te faz ficar bem, e foda-se o resto.
E é isso que eu digo pra vocês. 

Esse post acabou sendo um desabafo, mas bem... Espero que seja interessante pra alguém por aí. 
You've got to be kind to yourself.

Esse post faz parte da blogagem coletiva do Rotaroots, um grupo de blogueiros old school que nutrem até hoje o amor por fazer um bom blog pessoal aos moldes clássicos. Quer fazer parte dessa galera? Cadastre-se no rotation e participe do grupo do facebook também.        

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